terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Rumo às Salinas de Jujuy, Argentina

Parafraseando um certo "mago", o universo nem sempre conspira para que tudo dê certo. E após ter alterado o roteiro original até o Atacama, e decidido ir até Santiago, mais uma surpresa: minha identidade chilena estava... vencida. Sim, é um documento que eu não uso nem mesmo para viajar, fica guardado pegando poeira. Mas se venceu, o sistema chileno me obriga a ficar lá até renová-lo. E isso levaria longos 10 dias, um prazo inviável por uma série de motivos.
O fato é que eu já estava em Porto Alegre, com dinheiro argentino comprado quando descobri esse contratempo. O que fazer então? Desistir e voltar?

Felizmente, nossa querida amiga Cris Hirayama me emprestou um guia fantástico que ela usou em uma viagem muito bacana pelo norte da Argentina. Com toda a propaganda que ela fez da região, esse pareceu o destino perfeito para salvar a viagem de uma furada completa. E partimos em direção à Salta!

Visualizar Florianópolis / Porto Alegre / Salta em um mapa maior
No primeiro dia chegamos até Corrientes. Não há muito o que fotografar no caminho a não ser retas intermináveis e entediantes. Mas há muitas curiosidades.

Primeiro: a fronteira em São Borja. Chegamos lá por volta das 13 hs, após 8 horas de viagem. Almoçamos em uma espelunca chamada "Algo Mais", onde éramos os únicos fregueses. Partimos para a ponte internacional.

A aduana é integrada. Os primeiros fiscais que nos atenderam eram argentinos, e foram extremamente educados e gentis. O único desgosto foi entregar os documentos na cabine e ouvir no rádio a maldita música do Michel Teló... Momento vergonha alheia. Olhei pra eles e perguntei se  realmente escutavam essa porcaria por lá. Acho que não entenderam, e me olharam atravessado.

Passamos para o "pedágio". Que não costuma ser muito barato em fronteiras. E não foi. O visor marcava um preço em dólar, a atendente na cabine me cobrou em pesos argentinos e entregou um recibo em reais brasileiros. Na cotação deles, claro. Reclamei da falta de vergonha, e ela me explicou, em bom português carregado de sotaque gaúcho: "Aqui o procedimento é assim. Tu gostas da argentina, não é?" E fez uma cara de sarcasmo enquanto o colega (argentino) dela acompanhava a discussão. Tirem suas próprias conclusões...

Seguiram-se mais sete horas até chegarmos a Corrientes. Nada a fotografar no caminho. As estradas aqui são ruins (inclusive as concessionadas), não têm acostamento, o pessoal anda de moto a 40 km/h SEM capacete, vi umas três famílias andando de Biz, pai mãe e filho em cima da motinho, argentinos não respeitam limites de velocidade nem faixa contínua, e fomos parados uma única vez por policiais militares, que estavam mais a fim de testar a paciência da Aline, que dirigia, do que qualquer outra coisa, com perguntas. Não pediram sequer os documentos do carro. Correu tudo bem.

E chegamos a Corrientes, a entrada para a região do Chaco. Uma cidade curiosa. As ruas não têm preferencial. Passa quem vier mais rápido ou tiver o carro maior. É uma roleta russa, não entendi como eles cruzam a esquina sem ao menos parar pra olhar. Mas enfim, é hora de dormir.

Amanhã chegamos a Salta. E aí sim, começa o turismo. Até lá!

Dia seguinte:
http://rotasdaamerica.blogspot.com/2012/01/quarto-dia-travessia-do-chaco.html

2 comentários:

  1. Nossa assim vc me mata ..........hahahaha poxa tio q sorte a de vcs ouvir Michel Teló na Argentina ja como boas vindas....huahuahua.....Falando sério quanto contyra tempo heim, q pena q vcs nâo poderam ir até o Chile mas aproveitem bem a Viagem estou aqui torcendo por vcs e esperando notícias.....Beijossss.....

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